LIVRE-SE DAS SANDÁLIAS

“Disse-lhe o Senhor: Tira a sandália dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.” Atos 7:33

Moisés fica maravilhado diante da visão de uma sarça que ardia, mas não se consumia; quando se aproxima, ouve a voz do Senhor!

A sandália não podia entrar! Deus queria Moisés, mas livre das sandálias.

Livre de seus próprios caminhos, sua própria vontade, seus próprios conhecimentos.

Moisés era um homem culto, educado em toda a ciência dos egípcios, “era poderoso em palavras e obras”.

Ele havia cometido o assassinato de um egípcio, tentando livrar um irmão seu, um hebreu.

Ele achava que seus irmãos hebreus entenderiam que a liberdade viria por suas mãos, mas sua autoridade foi questionada.

Mas agora é o "EU SOU" . O "Eu Sou" o colocaria na posição de libertador. 

Não foi no tempo dele, quando lhe veio a idéia de visitar seus irmãos, os filhos de Israel.

Moisés - antes desse encontro com o Senhor - estava já há 40 anos peregrinando na terra de Midiã, pra onde fugiu se escondendo do assassinato. É tempo, uma vida! Constituiu família, negócios... mas estava fugindo, vida de fugitivo! Quem foge fica cansado, sempre tem a possibilidade de ser pego. Até que o Senhor o reconduz ao seu propósito. 

Talvez algo não tenha dado certo até aqui, experimente tirar o "eu", experimente tirar a sandália, isso me lembra também descanso! Isso, descanse e dependa do EU SOU!!!

Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo?

Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois, antes, viviam inimizados um com o outro. (Lucas 23:12)

Toda reconciliação deveria ser um motivo de celebração, Sim ou Não?

Mas uma aliança tendo como fundo a crucificação de Jesus, não é algo pra ser celebrado.

Nem Pilatos, nem Herodes acharam algo em Jesus que o tornasse digno de morte; mas o povo queria a morte. Até mesmo a mulher de Pilatos tentou livrar Jesus. (Mt 27.19) Mas o povo queria a morte!

Aos poucos esta convicção vai se esvaindo: Não vejo nada contra ele, mas vou castigar e depois soltar.

Não vejo nada contra Jesus, mas vou soltar Barrabás.

Não vejo nada contra Jesus, mas vou entregá-lo à vontade do povo.

Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado! Responderam todos. Mt 27:22

Pilatos sabia o que deveria ser feito, mas se dobrou perante a pressão.

Não deixe suas convicções serem abaladas pelo calor do momento, não tome suas decisões pautadas no "achismo alheio", as consequências das decisões e implicações serão sempre sua.

A esposa de Pilatos: “Não te envolvas com esse justo”

E, estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito. (Mt 27:19)

Mas que mulher é essa? A classifico como a mulher de Pv 14.1: “A mulher sábia edifica a sua casa”

Uma mulher ajudadora de seu esposo.

Penso que era uma mulher de palavras pensadas, de atitudes coerentes.

Ela teve um sonho e a Bíblia registra este fato. Não era um sonho qualquer, um sonho dela mesmo.

No sonho ela sofria a respeito de Jesus: Ele é justo e ela teve ciência disso.

E manda dizer ao seu marido no tribunal: “Não te envolvas com esse justo”

Ela sabia que matar Jesus, um homem justo, implicaria além de questões jurídicas, implicaria na ruína de sua própria vida.

“Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força,”

Isaías 30 nos relata da falta de confiança no Senhor.

A falta de confiança no Senhor, a desobediência de Judá é advertida por um “ai”. Penso quão duro é ouvir um “ai” do Senhor. O Senhor advertiu seu povo a não fazer  alianças com povos estranhos. O Senhor tinha uma aliança com seu povo, como que diante de uma nação inimiga resolvem buscar apoio de seus antigos opressores?

Judá estava cego, confiando em uma aliança com o Egito para os livrar da “poderosa” Assíria.

Mas quem é poderoso como o Senhor? Aquela ajuda em que eles confiavam, seria motivo de vergonha pra eles.

Eles haviam descido ao Egito sem antes consultar ao Senhor, pois devemos buscar o conselho do Senhor antes de qualquer decisão. O Egito é chamado de “gabarola”. O dicionário Priberam define como “Que ou quem exibe valentias falsas ou exageradas”

O povo não queria ter conhecimento das visões e nem das profecias, queriam a ilusão. Por mais que a Palavra seja "dura", é ela que livrará os seus pés de serem presos.

Por rejeitarem a Palavra, isto seria como a brecha em um muro alto, prestes a cair, a qualquer momento.

Na hora da aflição cuidado para não se firmar naquilo que você vê; confiar em carros e cavalos, confiar em seu próprio entendimento.

É pela voz do Senhor que a Assíria seria destruída. Você precisa se aquietar, sossega esta alma, você precisa ouvir a voz do Senhor, que te trará livramento.