terça-feira, 23 de abril de 2019

Deus conhece a linha que separa o que podemos suportar daquilo que pode ser nossa ruína, Ele entra com o escape!

Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à luz? para que me dissesses: leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que juraste a seus pais?” Nr 11.12

Moisés foi um líder excelente, preparado e levantado por Deus para libertar o povo de Israel da escravidão do Egito.

Quando Deus o chama ele se acha incapaz para tal missão: “Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” Ex 3.11

Em Atos 7.22 diz “E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras.”

Lidar com pessoas não é algo fácil, imagine liderar cerca de 600 mil homens, sem contar crianças e mulheres? (Ex 12.37)

Cada um com seu pensamento, atitude, vontade e por que não cada um com suas manhas?

E estas manhas do povo deixa Moisés um tanto “bravo”, o povo não queria mais maná, queria carne. Quando crianças, começamos a preferir uma comida a outra, as vezes queremos a bala ao invés da salada; mas a mãe sabe o que é melhor pra nós, para o nosso crescimento. Da mesma forma nosso Pai também sabe o que é necessário pra nós.

E Moisés dispara:

Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à luz? para que me dissesses: leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que juraste a seus pais?” Nr 11.12. Desejando até mesmo sua morte Nr 11.15,


É interessante como que as vezes, principalmente em um momento de raiva, deixamos transparecer o que realmente pensamos. Embora Deus, com sua onisciência, sabe exatamente nosso pensamento. Moisés deixou transparecer isso. O que eu tenho a ver com todo este povo? Moisés não escolheu liderar o povo, ele foi escolhido para liderar, e sem saber ele foi preparado para este trabalho. E quando Deus nos escolhe pra algo, penso que o Senhor está nos delegando tal tarefa e o nosso sentimento deve ser sim de dono do processo; Moisés de fato não era o pai, a mãe, como ele diz, mas realmente deveria agir como tal.

A responsabilidade de cuidar do que o Senhor colocou em nossas mãos é inteiramente nossa; mas eu aprendo algo importante também, antes de perdemos a fé, a nossa comunhão com Ele, ele vai providenciar uma saída.

Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” 1 Co 10.13

Penso que Moisés não estava no limite de sua capacidade intelectual, sua resistência espiritual; ele não entrou na terra prometida, mas penso que ele não falaria algo que o fizesse perder, definitivamente sua comunhão com Deus. Ele sabia quem era Deus, confiava em Deus, tinha visto a glória de Deus, mas estava no limite físico, seu esgotamento físico poderia desencadear outras perdas.

E Deus conhece essa linha que separa o que podemos suportar daquilo que pode ser nossa ruína, Ele entra com o escape.

E o Senhor então ordena que Moisés ajunte 70 homens dos anciãos de Israel, homens tementes a Deus, que o auxilie a carregar a carga do povo.

O Senhor tiraria do espírito que estava sobre Moisés e colocaria sobre eles. Deus é tão bom que além de dar o escape, ele ainda deu auxiliares treinados e preparados na mesma escola de Moisés!


terça-feira, 2 de abril de 2019

Já consultou ao Senhor hoje?

Consultar ao Senhor, revela nossa dependência dEle; além de nos responder sim ou não, Ele ainda nos dá estratégias para vencer!

Davi sempre consultava à Deus! No livro de Samuel, frequentemente nos deparamos com: “E consultou Davi ao Senhor”

Quando ele tinha uma guerra, e hoje nós temos lutas diárias, ele perguntava ao Senhor se deveria ir ou não.

E quantas pessoas entram em questões sem qualquer direcionamento do Senhor? Que o Senhor nos livre.

Em dado momento ele pergunta se deveria ir contra os filisteus e o Senhor responde: “Não subirás” e Deus dá uma estratégia à Davi. 2 Sm 5.23

Além de nos responder sim ou não o Senhor ainda dá estratégias de como vencer. Minha mãe sempre aconselhou: “não é só ir fazendo não, tem que orar primeiro” Davi tinha a promessa de ser Rei, o Senhor firmou o seu reinado, mas mesmo assim ele demonstrava sua dependência do Senhor, a cada oração que fazia! Que benção!




quarta-feira, 20 de março de 2019

Deserto, para nos matar? Não, para nos fazer bem!

Hoje escrevo sobre o nosso comportamento durante as provações da vida.


Quando falamos de Jó, temos o exemplo de um homem justo, temente a Deus e que não murmurou diante das adversidades da vida; Jó enfrentou tamanhas adversidades, mas escolheu o caminho da adoração ao Senhor.


Fico imaginando Jó, em pleno equilíbrio de vida e de repente sua vida começa a desmoronar; tudo lhe foi tirado! O Senhor ordenou ao inimigo que tão somente não tocasse na vida de Jó.


Quantas indagações tentando descobrir o que lhe estava acontecendo? E as acusações de seus “amigos”? Mas tudo era permissão do Senhor.


Se por um lado Jó não murmurou, de um outro lado temos um povo, o povo de Israel, que por suas murmurações contra o Senhor, isto lhe custou herdar a promessa, a terra prometida.


Entre tantas murmurações e desobediência do povo israelita, cito aqui Números 11.4, quando o povo pede carne ao Senhor: Ah, se tivéssemos carne para comer!


Antes já, como descrito no livro de Êxodo 16.3, quando o povo chega no deserto de Sim, toda a congregação murmura contra Moisés e Arão: "Quem dera a mão do Senhor nos tivesse matado no Egito! Lá nos sentávamos ao redor das panelas de carne e comíamos pão à vontade, mas vocês nos trouxeram a este deserto para fazer morrer de fome toda esta multidão!"


O problema parece ser a carne; gosto de carne, churrasco nem se fala... rsrs


Mas é muito além do desejo de comer algo, o povo desejou até mesmo voltar para o Egito, rejeitando ao Senhor. Isto irritou ao Senhor!


E eu aprendo muitas coisas nesta passagem:


1 – “E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo;” Nr 11.4
O desejo partiu dos estrangeiros que estavam no meio do povo de Israel. Em nossa caminhada e em meio as dificuldades precisamos redobrar a vigilância com aqueles que podem estar por perto, mas não tem o mesmo objetivo, estão junto por conveniência.


Aquele desejo “contaminou” o povo israelita que começaram a chorar por carne; e pior ainda: começam a comparar o que estavam vivendo com o tempo no Egito, de onde já haviam sido libertos: “no Egito comíamos de graça”.


O povo estava caminhando em direção à terra prometida, bênçãos incomparáveis que o Senhor reservava pra eles; e estão chorando por lembranças do passado.


Nada nesta caminhada pode nos fazer desistir daquilo que o Senhor preparou pra nós, conquistou pra nós. Sejam as bençãos espirituais, nada neste mundo pode nos tirar o foco do céu; desejos terrenos são passageiros e momentâneos mas podem destruir toda uma eternidade com Deus.


2 - “Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos.”
Nr 11.6


Como pode a alma secar, diante de tantas maravilhas que já haviam presenciado e estão sendo providos diariamente do maná do Senhor?
O Salmos 103.2 diz “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.”

A ingratidão pode tornar a alma seca, sem vida, vazia, insaciável; eles só tinham motivos para agradecerem ao Senhor, mas optam pelo caminho da ingratidão, da murmuração.
“ coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos”
O maná era a provisão do Senhor, em pleno deserto o Senhor enviou alimento para todo aquele povo...mas eis que: queremos carne!
Para cada dia o Senhor já tem o nosso alimento, o nosso pão diário; têm dias de comer carne sim, mas têm os dias de comer maná e dando graças a Deus!

Eu já passei pelo deserto, desejando muito que o Senhor me concedesse algo, e muitas vezes questionei o porque daquele deserto? As vezes nos sentimos filhos tão queridos a ponto de achar que não podemos ser corrigidos, afligidos pelo Senhor; mas o Senhor corrige aquele que Ele ama.


3 - “para te humilhar, e para te provar, para no fim te fazer bem;”


Mas o deserto tem o propósito de nos dar maturidade, podemos ser até crescidinhos já, mas pode estar faltando maturidade e como diz Dt 8.16 “Que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheceram; para te humilhar, e para te provar, para no fim te fazer bem;”


“para no fim te fazer bem”


A finalidade é nos fazer bem, é para o nosso aprimoramento, para o nosso crescimento; para quando recebermos nossa promessa, saibamos reconhecer que foi o Senhor quem fez aquilo, que não foi através de nossas forças ou conhecimento.


4 - “até que lhes saia carne pelo nariz e vocês tenham nojo dela”


Precisamos ter cuidado com nossas palavras e atitudes; não importa se ditas em um momento de aflição, de angústia...o Senhor ouve todas elas. Sim, o Senhor é misericordioso, mas a atitude do povo querendo comer carne rejeitando ao Senhor, a presença do Senhor, custou a vida deles.


Eles teriam nojo de carne, de tanto que comeriam; em Nr 11.33-34 a ira do Senhor se acendeu e o povo foi ferido com uma praga muito grande. Todos que tiveram desejo morreram, foram ali sepultados.


5 - “conforme a todo o desejo da tua alma, comerás carne.”


Diferentemente, em Dt 12.20, “Quando o Senhor teu Deus dilatar os teus termos, como te disse, e disseres: Comerei carne; porquanto a tua alma tem desejo de comer carne; conforme a todo o desejo da tua alma, comerás carne.”


Quando herdarmos a promessa de fato, poderemos comer carne; conforme o desejo do nosso coração. Porque naquele tempo já teremos alcançado a maturidade necessária para lidarmos com a plenitude das bençãos do Senhor pra nós, com as bençãos que esperamos por tanto tempo. O Senhor já terá provado o nosso coração e nos encontrado prontos para um nível mais alto. 

 Glórias a Deus!